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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Jornal "O Pasquim"


Fonte: Caminhos do Jornalismo

O jornal Pasquim foi um semanário brasileiro que nasceu no dia 26 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro. A ideia da criação de um jornal nasceu no fim de 1968, em uma reunião entre Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe (Jaguar) e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral.
O jornal foi criado para ser apenas um semanário de bairro da cidade do Rio de Janeiro. Mas após atingir sucessivas marcas de 40 mil exemplares, o jornal passou a circular nas principais cidades brasileiras, se mantendo assim por 22 anos.

O nome Pasquim tem o significado de "jornal difamador, folheto injurioso", o nome foi sugerido por Jaguar. O jornal contou com a participação de grandes figuras da impressa brasileira, entre eles: Ziraldo, Millôr, Prósperi, Claudius e Fortuna.


O mascote do Pasquim era um ratinho, desenhado pelo próprio Jaguar, chamado Sig, de Sigmund Freud, por causa da frase "Se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem". 


Com o decorrer dos anos o Pasquim se mostrou um jornal revolucionário. Em suas publicações o posicionamento contra o conformismo, o conservadorismo e principalmente contra o período ditatorial enfrentando na época era facilmente perceptível.

Ouve um episódio em novembro de 1970, que após uma publicação de uma sátira do quadro de Dom Pedro II às margens do rio Ipiranga, a redação inteira do O Pasquim foi presa. A esperança dos militares, era que os leitores do Pasquim, com o tempo, perdessem o interesse no semanário e ele saísse de circulação. Porém, no tempo em que a equipe da redação ficou presa, o jornal foi comandado por Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais.

Em setembro de 1972, O Pasquim foi vendido para Fernando Gasparian, porém, não resistiu à censura prévia imposta pela ditadura. Em março de 1975 essa censura foi retirada do Pasquim, mas os efeitos causados por essa nunca mais seriam recuperados. A sua última edição, de número 1.072, foi publicada em 11 de novembro de 1991.

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